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FOTOGRAFIA / Série EPHATA

Este trabalho surgiu literalmente das profundezas dos oceanos, fruto da admiração e reverência por uma coleção de minúsculos fragmentos de conchas de organismos marinhos, coletados entre os sedimentos do talude continental brasileiro (termo usado para inclinação das costa oceânica). Esses sedimentos estão submersos, a uma profundidade que varia entre 500 a 2.500m abaixo do nível do mar.

São imagens "ocultas", trazidas à luz através das lentes de um microscópio e do olho inquisitivo e arqueológico da artista. Os maiores fragmentos medem apenas 5 mm. Após cuidadosa seleção e composição com o auxílio de pinças, sob a lente microscópica, as imagens são fotografadas e posteriormente trabalhadas.

Na série fotográfica intitulada "Ephata" (uma expressão imperativa da língua aramaica, que significa "Abra-te!"), Monisha Leite procura desvendar o mistério que está por baixo deste micro-universo. Ela reorganiza e dá um novo significado à miríade de formas submersas na profundidade das águas oceânicas, tecendo-as com imagens íntimas da própria artista. A escuridão, a profundidade das águas e tudo o que é misterioso e inconsciente são elementos que evocam a natureza feminina que pulsa dentro de cada um de nós, homens e mulheres. "Ephata" é um chamado das profundezas da Mãe-oceano, um chamado para abrirmo-nos à dimensão sensível do nosso Ser.

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